Com a interrupção do período letivo, crianças e adolescentes da rede pública de ensino perderam bem mais que aulas. Boa parte dos alunos perdeu também a oportunidade de se alimentar corretamente devido à falta de condições financeiras das famílias.
Mas existem, no Piauí, pessoas arregaçando as mangas para driblar esse problema, como é o caso da professora Roze Magalhães, da escola estadual Raldir Barros. Ela improvisou, na sala do seu pequeno apartamento, um espaço para que as mães dos alunos possam produzir máscaras para vender.
“Como não tenho dinheiro para ajudar com doações, ajudo como posso, que é com a mão de obra. Minha preocupação com a escola fechada é quanto à alimentação, então, juntamente com a Rede Pense Piauí, montamos uma estratégia para ajudar as famílias”, conta a professora.
Muitos foram os que ajudaram. “A Rede Pense Piauí doou toda a matéria-prima para a confecção das máscaras. A Guadalajara doou o corte e o Landerson Carvalho [ex-presidente da Associação de Jovens Empresários] veio entregar aqui um material com 2 mil cortes já prontos para costura”, conta a professora.
Roze explica que cada mãe levou sua própria máquina de costura para realizar o trabalho e receberam uma cesta básica da Rede Pense Piauí. “Hoje, tenho aqui sete costureiras trabalhando. Cada uma confecciona 50 máscaras por dia e pegam encomendas de várias instituições. As de tecido são vendidas a R$ 5. As de TNT são doadas para os locais que mais precisam”, acrescenta a professora, que leciona há 25 anos.
Na sala de casa, a produção de máscaras ganha uma ajuda essencial: a mãe de Roze. Aos 95 anos, Dona Luiza faz o que pode para deixar o espaço organizado como deve estar. “Estamos juntos nessa luta. Quem não pode ajudar com dinheiro está ajudando com trabalho”, conclui a professora.
Juntos somos mais fortes!
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